quinta-feira, 19 de abril de 2012

Chefe do templo chinês de kung fu propõe proteção a patrimônios


Shi Yongxin, abade do Templo Shaolin, lugar de origem do kung fu chinês, propôs proteger o patrimônio budista, mas se recusou a comentar o destino do templo operado de maneira comercial, ao participar da sessão parlamentar anual do país em Beijing.

Shi, figura controversa e ostensiva, é deputado da Assembleia Popular Nacional (APN, o principal órgão legislativo chinês).

A proposta de Shi este ano é aumentar a proteção jurídica do Monte Songshan, na Província de Henan, no centro do país, onde o templo está localizado, e proibir a venda e a contratação de templos budistas, além de abrir mais lugares religiosos à população e promover a medicina religiosa.

Alguns dos templos budistas do país foram vendidos a pessoas seculares, que obtêm lucros cobrando entrada dos fiéis, o que feriu os sentimentos dos seguidores budistas, disse Shi ao dar entrevista à Xinhua.

No entanto, Shi não comentou sobre o último fracasso do Shaolin em ser aprovado em uma avaliação realizada por órgão regulador de turismo, devido a sua má administração.

Um comitê nacional sobre a avaliação de lugares turísticos emitiu recentemente uma circular exigindo que o templo ajuste sua “operação caótica” ou terá seu título de “local turístico de AAAAA” cancelado. Segundo o documento, o templo está cheio de vendedores ambulantes e trapaceiros.

Este foi o último escândalo que atingiu o abade, que envolveu o templo em produção de filmes e shows comerciais de kung fu, o que atraiu crítica sobre o excesso de comercialização do templo.

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